Pois bem, os jornais de hoje exaltam o discurso inflamado de Barack Obama no qual ele defende algumas metas no seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos; igualdade foi a palavra chave de sua posse, em outras palavras, ele destacou que por uma inclusaõ social lutará até as últimas consequências, mesmo que isto gere uma fúria entre os repúblicanos e as forças conservadoras do Sul.
Como o nosso histórico é de submissão aos Estados Unidos e outra potências mundiais, A mídia brasileira parece ter aceitado com bom gosto o discurso em que obama defende uma sociedade igualitária, pela qual os gays, os negros os latinos, os imigrante e dos mais pobres, possam viver pelo menos com dignidade, algo que as vezas parece remoto no país da individualidade. O que me causa estranheza que, quando aqui no Brasil esses temas entram em pauta o mundo cai sobre o governo e os grupos que corrobora com as ideias de Obama. Um exemplo claro da dicotomia jornalística é no que se refere a questão das cotas, tratam desse assunto como um mal desnecessário, dizem que o mundo mudou e o que leva o indívuiduo à ascensão social são as oportunidades oferecidas pelo mundo moderno.
De fato as oportunidades de hoje são melhores que outrora, no entanto esquecem que obama e tanto negros norte-americanos ascenderam socialmente não só em função de seus esforços e sim através das ações afirmativas que foram discutidas e posto em prática após a segregação racial que imperou naquele país até os meados dos anos sessenta.
A partir das manchetes rasgadas pelos jornais para o discurso de Obama, talvez um novo enfoque sobre esses temas venha a ser dado, no Brasil, por essa mídia mais tradicional. Pelo histórico da pauta, no entanto, a tendência é que eles voltem para a editoria do preconceito agora que a festa da reeleição do presidente americano já acabou.