O objetivo deste blog é permitir aos navegadores, uma visão mais ampla de um mundo globalizado, onde as distâncias se encurtaram e as fronteiras foram expandidas, as novas mídias e tecnologias passam a fazer parte do cotidiano das pessoas. Assim, a criança e o jovem,considerados “ nativo digital ” , tem muita facilidade em utilizar esses dispositivos
tecnológicos No entanto, ainda há adultos que encontram dificuldades no manuseio desses recursos em seu dia a dia.
Principais concursos públicos somam 20.362 vagas com remuneração de até R$ 21,7 mil
Nesta segunda-feira (11), os 20 principais concursos públicos oferecem 20.362 vagas em
várias regiões do país. Existem oportunidades em diversos cargos
destinados a candidatos de todos os níveis escolares. As remunerações
iniciais podem chegar a R$ 21.766, dependendo da função desejada.
A imprensa tradicional brasileira, a velha mídia, não é democrática, de qualquer ponto de vista que seja analisada.
Antes
de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão
dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem,
assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada,
esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao
fim.
Não é democrática porque não contém espaços para distintos
pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem
para confirmar a regra.
Não é democrática porque expressa o
ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente
derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não
expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula,
elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa
a opinião e os interesses da minoria do país.
Não é democrática,
porque não se ancora em empresas públicas, mas em empresas privadas,
que vivem do lucro. Assim, busca retorno econômico, o que faz com que
dependa, essencialmente, não dos eventuais leitores, ouvintes ou
telespectadores, mas das agências de publicidade e das grandes empresas
que ocupam os enormes espaços publicitários.
São empresas que
buscam rentabilidade para sobreviver. Que não se interessam por ter mais
público, mas público “qualificado”, isto é, o de maior poder
aquisitivo, para mostrar às agências de publicidade que devem anunciar
aí. São financiadas, assim, pelas grandes empresas privadas, com quem
têm o rabo preso, contra cujos interesses não vão atuar, o que seria dar
um tiro no próprio pé.
Não bastasse tudo isso, as grandes
empresas da mídia privada são empresas de propriedade familiar. Marinho,
Civita, Frias, Mesquita – são não apenas os proprietários, mas seus
familiares ocupam os postos decisivos dentro de cada empresa. Não há
nenhuma forma de democracia no funcionamento da imprensa privada - são
oligarquias, que escolhem entre seus membros os seus sucessores. Nem
sequer pro forma há formas de rotatividade. Os membros das
famílias ficam dirigindo a empresa até se aposentarem ou morrerem, e
designam o filho para sucedê-los.
Tampouco há democracia, nem
sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que
escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos –
pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser
realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da
direção.
Uma mídia que quer classificar quem – partidos,
governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu
funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica
das suas redações.
Como resultado, não é estranho que essa mídia
tenha estado ferreamente contra os mais populares e os mais importantes
dirigentes políticos do Brasil – Getúlio e Lula. Não por acaso estiveram
contra a Revolução de 30 e a favor do movimento contrarrevolucionário
de 1932 e o golpe de 1964, que instalou a mais a sangrenta ditadura da
nossa história.
Coerentemente, apoiaram os governos de Fernando
Collor e de FHC, e se erigiram em direção da oposição aos governos do
Lula e da Dilma.
Em suma, a velha imprensa brasileira não é
democrática, é um resquício sobrevivente do passado oligárquico do
Brasil, que começa a ser superado por governos a que – obviamente – essa
imprensa se opõem frontalmente.
A democratização do país começou
pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às
esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa.
País
democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente
igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações
políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E
que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país
em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.
Presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, diz
que Salvador virou a terra de uma artista só, ao se referir da divisão
desigual de recursos em benefício de Ivete Sangalo; para ele, o
'Afródromo' de Carlinhos Brown também empurraria negros para gueto
11 de Fevereiro de 2013 às 08:10
247 – Presidente de uma das mais tradicionais bandas da Bahia,
João Jorge Rodrigues faz uma série de críticas sobre o carnaval. "É um
Carnaval discriminatório, segregado, com mecanismos que reproduzem o
capitalismo brasileiro: a grande exclusão da maioria em beneficio de uma
minoria", disse o líder do Olodum.
Em entrevista para a Folha, ele denuncia um monopólio na divisão de
recursos na folia da Bahia. "É a terra de uma artista só - Ivete
Sangalo", diz. E sentencia: "A capital baiana é campeã mundial de
apartheid. Sobretudo nos dias de folia".
Rodrigues também criticou a iniciativa de Carlinhos Brown de lançar
um bloco exclusivo para negros, o 'Afródromo': "O que a sociedade mais
quer é que os negros escolham um gueto para ir e se afastem da disputa
com eles".
O líder do Olodum diz ainda não ver com bons olhos atrações especiais
como o sul-coreano Psy no Carnaval: "É mais um retrato de uma Bahia que
não valoriza seus artistas, sua negritude".
Leia a entrevista completa de João Jorge Rodrigues, na Folha.