segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OPORTUNIDADE NOS CONCURSO

Principais concursos públicos somam 20.362 vagas com remuneração de até R$ 21,7 mil

Nesta segunda-feira (11), os 20 principais concursos públicos oferecem 20.362 vagas em várias regiões do país. Existem oportunidades em diversos cargos destinados a candidatos de todos os níveis escolares. As remunerações iniciais podem chegar a R$ 21.766, dependendo da função desejada.

Confira os 20 principais concursos:

Órgão Vagas Escolaridade Salário Inscrição  
Petrobras 44 Nível médio R$ 2.599 a R$ 3.132 Até 21/2 Edital
Aeronáutica 180 Nível médio --- Até 18/2 Edital
Aeronáutica 241 Níveis médio e superior Até R$ 9.490 18/3 a 23/4 Edital
MinC (DF) 84 Nível superior R$ 1.900 Até 3/3 Edital
SAP (SP) 200 Nível médio R$ 2.206 Até 1/3 Edital
Marinha 2.200 Nível fundamental --- Até 15/3 Edital
Sejus (ES) 500 Nível médio R$ 2.156 Até 15/2 Edital
Confresa (MT) 171 Todos os níveis R$ 678 a R$ 3.200 Até 12/2 Edital
UFRJ 311 Nível superior Até R$ 8.049 Até 8/3 Edital
TRT (SP) 29 Nível superior R$ 21.766 Até 5/3 Edital
Detran (RS) 216 Níveis médio e superior R$ 1.578 a R$ 4.456 Até 18/2 Edital
Formiga (MG) 203 Todos os níveis R$ 659 a R$ 6.249 Até 15/2 Edital
Hemominas (MG) 398 Níveis médio e superior R$ 887 a R$ 11.050 18/2 a 19/3 Edital
IFSC (SC) 320 Todos os níveis R$ 1.749 a R$ 6.654 Até 15/2 Edital
Japeri (RJ) 1.680 Níveis médio e superior R$ 789 a R$ 2.143 Até 10/3 Edital
Polícia Militar (DF) 1.000 Nível superior R$ 3.322 a R$ 4.306 Até 18/2 Edital
TJDFT 110 Níveis médio e superior R$ 4.635 a R$ 7.566 Até 13/2 Edital
Seduc (RS) 10.000 Níveis médio e superior R$ 783 a R$ 1.465 27/2 a 13/3 Edital
Polícia Militar (MG) 1.875 Níveis médio e superior R$ 2.367 a R$ 5.446 Até 28/2 Edital
Polícia Civil (BA) 600 Nível superior R$ 2.665 a R$ 9.155 Até 19/2 Edital

A IMPRENSA BRASILEIRA NÃO É DEMOCRÁTICA


Emir  Sader
EMIR SADER
* originalmente publicado na Carta Maior


A imprensa tradicional brasileira, a velha mídia, não é democrática, de qualquer ponto de vista que seja analisada.

Antes de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem, assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada, esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao fim.

Não é democrática porque não contém espaços para distintos pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem para confirmar a regra.

Não é democrática porque expressa o ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula, elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa a opinião e os interesses da minoria do país.

Não é democrática, porque não se ancora em empresas públicas, mas em empresas privadas, que vivem do lucro. Assim, busca retorno econômico, o que faz com que dependa, essencialmente, não dos eventuais leitores, ouvintes ou telespectadores, mas das agências de publicidade e das grandes empresas que ocupam os enormes espaços publicitários.

São empresas que buscam rentabilidade para sobreviver. Que não se interessam por ter mais público, mas público “qualificado”, isto é, o de maior poder aquisitivo, para mostrar às agências de publicidade que devem anunciar aí. São financiadas, assim, pelas grandes empresas privadas, com quem têm o rabo preso, contra cujos interesses não vão atuar, o que seria dar um tiro no próprio pé.

Não bastasse tudo isso, as grandes empresas da mídia privada são empresas de propriedade familiar. Marinho, Civita, Frias, Mesquita – são não apenas os proprietários, mas seus familiares ocupam os postos decisivos dentro de cada empresa. Não há nenhuma forma de democracia no funcionamento da imprensa privada - são oligarquias, que escolhem entre seus membros os seus sucessores. Nem sequer pro forma há formas de rotatividade. Os membros das famílias ficam dirigindo a empresa até se aposentarem ou morrerem, e designam o filho para sucedê-los.

Tampouco há democracia, nem sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos – pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da direção.

Uma mídia que quer classificar quem – partidos, governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica das suas redações.

Como resultado, não é estranho que essa mídia tenha estado ferreamente contra os mais populares e os mais importantes dirigentes políticos do Brasil – Getúlio e Lula. Não por acaso estiveram contra a Revolução de 30 e a favor do movimento contrarrevolucionário de 1932 e o golpe de 1964, que instalou a mais a sangrenta ditadura da nossa história.

Coerentemente, apoiaram os governos de Fernando Collor e de FHC, e se erigiram em direção da oposição aos governos do Lula e da Dilma.

Em suma, a velha imprensa brasileira não é democrática, é um resquício sobrevivente do passado oligárquico do Brasil, que começa a ser superado por governos a que – obviamente – essa imprensa se opõem frontalmente.

A democratização do país começou pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa.

País democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.

APARTHEID CULTURAL

247 – Presidente de uma das mais tradicionais bandas da Bahia, João Jorge Rodrigues faz uma série de críticas sobre o carnaval. "É um Carnaval discriminatório, segregado, com mecanismos que reproduzem o capitalismo brasileiro: a grande exclusão da maioria em beneficio de uma minoria", disse o líder do Olodum.
Em entrevista para a Folha, ele denuncia um monopólio na divisão de recursos na folia da Bahia. "É a terra de uma artista só - Ivete Sangalo", diz. E sentencia: "A capital baiana é campeã mundial de apartheid. Sobretudo nos dias de folia".
Rodrigues também criticou a iniciativa de Carlinhos Brown de lançar um bloco exclusivo para negros, o 'Afródromo': "O que a sociedade mais quer é que os negros escolham um gueto para ir e se afastem da disputa com eles".
O líder do Olodum diz ainda não ver com bons olhos atrações especiais como o sul-coreano Psy no Carnaval: "É mais um retrato de uma Bahia que não valoriza seus artistas, sua negritude".
Leia a entrevista completa de João Jorge Rodrigues, na Folha.