O objetivo deste blog é permitir aos navegadores, uma visão mais ampla de um mundo globalizado, onde as distâncias se encurtaram e as fronteiras foram expandidas, as novas mídias e tecnologias passam a fazer parte do cotidiano das pessoas. Assim, a criança e o jovem,considerados “ nativo digital ” , tem muita facilidade em utilizar esses dispositivos tecnológicos No entanto, ainda há adultos que encontram dificuldades no manuseio desses recursos em seu dia a dia.
sexta-feira, 29 de março de 2013
ALFABETIZAÇÃO CEFAPRO DE PONTES E LACERDA : Caderno de problemas
ALFABETIZAÇÃO CEFAPRO DE PONTES E LACERDA : Caderno de problemas: O livro apresenta situações-problema voltadas à alunos de 1º a 3º ano, dependendo do nível de aprendizagem do aluno. Visualizar ...
ALFABETIZAÇÃO CEFAPRO DE PONTES E LACERDA : Livro "Oficina de textos" - 6/7 anos
ALFABETIZAÇÃO CEFAPRO DE PONTES E LACERDA : Livro "Oficina de textos" - 6/7 anos: Baixar livro completo Retirado do Blogger Portal Atividades
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É PRECISO.
Certas questões na história da humanidade são de tamanha
complexidade que mesmo o passar dos séculos não é suficiente para criar
culturalmente um consenso a respeito. A homosexualidade é uma delas.
No livro Born to be Gay, o autor William Naphy mostra que
nem sempre os homossexuais foram vistos de forma discriminatória. Muitas
culturas antigas aceitavam e pregavam as relações entre pessoas do
mesmo sexo, fosse como ritual de entrada na adolescência ou com funções
associadas ao culto.
Muitos autores são unânimes em afirmar que somente com a
ascensão do judeo-cristianismo iniciou-se a marginalização da
homossexualidade. Ou seja, se fizermos um corte transversal no tempo e
espaço de nossa civilização veremos que um comportamento visto como
absolutamente natural passou a ser considerado “pecado” e qualificado
de crime passível de morte, em muitas nações.
A literatura a respeito não é coisa apenas da modernidade.
O romano Suetônio escreveu em seu As Vidas dos Doze Césares, livro do
século 2, sobre os hábitos dos governantes do fim da República e do
começo do Império Romano. Dos 12, só um deles, Cláudio, nunca teve
relações homossexuais. O mais famoso, Júlio César (100-44 a.C.), teve um
relacionamento com o rei Nicomedes.
O conquistador Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), também
foi conquistado. Seu amante era Hefastião, seu braço direito e ocupante
de um importante posto no Exército. Quando ele morreu de febre, na volta
de uma campanha na Índia, Alexandre caiu em desespero: ficou sem comer e
beber por vários dias. Mandou proporcionar a seu amado um funeral
majestoso: os preparativos foram tantos que a cerimônia só pôde ser
realizada seis meses depois da morte. Alexandre fez questão de dirigir a
carruagem fúnebre, decretando luto oficial no reino.
Sobre o homossexualismo feminino existem muitos poucos
registros até o século XVIII mas o historiador romano Plutarco dizia, já
no século I, que na cidade grega de Esparta todas as melhores mulheres
amavam garotas.
O que tinham em comum pessoas nascidas em épocas tão
distintas como o filósofo Sócrates (469 a 399 a.C), o imperador Nero
(37-68 d.C.), o artista e inventor Leonardo da Vinci (1452-1519), a
rainha da França Maria Antonieta (1755-1793), o dramaturgo Oscar Wilde
(1854-1900), os cantores Cazuza (1958-1990) e Cássia Eller (1962-2001),
dentre tantas outras personalidades do mundo das artes, da ciência, da
filosofia? Costumavam manter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
Wilde, por exemplo, condenado por sodomia a dois anos de trabalhos
forçados na prisão, ai definhou, morrendo logo após sair.
Estariam todos eles errados? Quem somos nós para proferir
julgamentos? Apenas agiam de acordo com seu coração e com suas crenças
de que cada um tem o direito de escolher o que é melhor para si. Mas na
vida em sociedade é necessário obedecer a leis e convenções. Portanto,
precisamos analisar, discutir e nos posicionar.
O mundo está repleto de bons e maus exemplos. Um relatório
da ILGA, divulgado em Genebra em 2012, revelou que 78 países do mundo
consideram o homossexualismo como orientação sexual ilegal, e que apenas
11 permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo ( Portugal,
Espanha, Holanda, Bélgica, Suécia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Canadá,
Argentina e África do Sul.
A Europa é a região onde os direitos dos homossexuais são mais atendidos e a pior situação se dá no Irã, Arábia Saudita, Iêmen, Mauritânia e Sudão onde a homossexualidade é punida com a morte, o que ocorre também em algumas regiões do norte da Nigéria e do sul da Somália. Na Ásia metade dos países criminaliza a homossexualidade e em Bangladesh, por exemplo, é punida com prisão perpétua.
No nosso continente, o maior problema é a violência contra
homossexuais. A maioria dos países não tem legislação proibindo a
homofobia, mas mesmo em países como Argentina, Colômbia e Uruguai que já
aprovaram legislações contra a homofobia, muitos casos de desrespeito e
crimes contra estas pessoas continuam ocorrendo à luz do dia. Na
Rússia, os índices são alarmantes. Cerca de 45% dos russos dizem ter
emoções negativas ao lidar com homossexuais.
A exceção africana no reconhecimento dos direitos da comunidade gay é da África do Sul, onde desde 1996 existe o direito de união, em um continente onde a homossexualidade é proibida em cerca de 30 países e punida com a prisão na maioria deles.
Nos EUA, a discussão chegou à Suprema Corte este mês e
pegou alguns ministros despreparados. Eles questionaram se não teria
sido melhor deixar os estados continuarem a testar soluções para a
questão separadamente. Nove dos estados americanos já aceitam legalmente
a união gay e somente na Califórnia cerca de 40 mil crianças vivem com
pais homossexuais.
O presidente Barack Obama,
defensor da causa, reiterou seu apoio no último dia 23 por meio de uma
conta no Twitter administrada em seu nome pelo 'Organizing for Action',
um grupo de pressão fundado após sua reeleição. "Cada americano deveria
poder se casar com a pessoa que ama", dizia a página no Twitter, com a
hashtag "#LoveIsLove".
No Brasil, país com expressiva população homossexual,
cerca de 24 milhões de pessoas, responsáveis pelo consumo de 150 bilhões
de reais ano, a legalização do casamento gay em tramitação no congresso
ainda não é uma realidade mas algumas conquistas importantes
aconteceram nos últimos anos, dentre elas, a permissão de que um par
homossexual pleiteie a adoção conjunta de uma criança, por
jurisprudência firmada em casos tramitados junto ao STF.
Acredito que a sexualidade humana seja produto de
condições históricas específicas e que o sentido de gênero é
principalmente construído e não determinado biologicamente. A expressão
da sexualidade é influenciada pela tradição, cultura, economia,
princípios éticos, ou seja, tudo o que se pode chamar de estrutura
político-social de uma sociedade.
O surgimento de grupos
organizados de homossexuais no Brasil e no mundo foi significativo para a
busca por respeito e direitos iguais. O comportamento da sociedade de
uma forma geral, no entanto, ainda revela que existe muito caminho a
percorrer para eliminar a homossexualidade da lista das palavras
proibidas. É necessário tolerância com as diferenças. Devemos todos
meditar a respeito.
Dep. Chico Vigilante
Assinar:
Postagens (Atom)